Para quem pretende viajar com Pets de carro, ônibus ou avião, Carlos Moraes fala de como os tutores precisam saber lidar com o estresse e a agitação.
A tão esperada férias escolar do mês de julho chegou e o momento é oportuno para viajar com a família, e claro, os bichinhos de estimação podem e devem participar desses programas. O veterinário da clínica SurreAU, Carlos Moraes, traz dicas que ajudam a manter a tranquilidade, o bem-estar e a segurança dos animais e dos próprios tutores durante o trajeto.
No carro
Apesar de não ser obrigatório o uso da caixa transportadora dentro dos veículos de passeio, essa é a melhor opção para os gatos que costumam ficar agitados nesses momentos atípicos. “Deixe a caixa transportadora aberta pelo menos um dia antes em um local onde o gato possa entrar e se acostumar com aquele ambiente. Isso faz com que ele perca o medo e não recuse a entrar nela antes da viagem”, comenta o veterinário. Outra dica é prender a caixa com o cinto de segurança, para evitar que o animal se machuque com o movimento do carro.
Para quem tem cachorro a recomendação é manter o animal preso, de forma que ele não possa distrair o dono e tenha sua movimentação reduzida. “O correto é prender o cão com o auxílio de uma guia no cinto de segurança, impedindo-o de conseguir pular para os bancos da frente ou atrapalhar o motorista de alguma forma”, explica Dr. Carlos. Outra alternativa são as cadeirinhas para cachorros, aconselhadas para os cães de pequeno porte e que garantem mais segurança para motorista. Recomenda-se ainda a baixa ingestão de líquidos pelos animais, para evitar vômitos.
Ônibus
Segundo o veterinário Carlos Moraes, para viajar com Pets de ônibus, é necessário apresentar atestado que comprove as boas condições de saúde do pet, que não pode ficar solto e deverá estar guardado em um dispositivo apropriado (gaiola ou caixa).
“Para algumas empresas de viação, o dono deverá pagar uma passagem extra para acomodá-lo ao seu lado. Vale ressaltar que, para usuários de cão-guia, não é necessário pagar pelo transporte. Também é importante consultar a empresa de ônibus para saber quais as regras para o transporte de animais”,
reforça.
Avião
Quem pretende viajar de avião com um bichinho de estimação, por sua vez, precisa se programar com pelo menos 3 meses de antecedência. “Os trâmites variam de acordo com o destino da família e companhia aérea, principalmente para voos internacionais”, alerta o veterinário. No geral, é necessário o uso de caixas de transporte e microchips de identificação, porém ambos precisam atender às exigências do país de destino. “Também é fundamental estar com a vacinação em dia, e, em alguns casos, a imigração ainda pede exames que comprovem que o animal não está contaminado por raiva ou outras doenças. O ideal é se informar diretamente com a empresa aérea”, afirma Moraes.
Filhotes e idosos
Independente do meio de transporte, filhotes que ainda não tomaram todas as doses das vacinas não podem viajar e com os animais idosos é preciso ter uma atenção especial. O ideal é fazer uma visita ao veterinário e pedir exames que atestem a saúde do bichinho. “Pets muito idosos ou com problemas cardiorrespiratórios não devem ir, a não ser que não seja possível evitar a viagem” comenta Carlos.
Gatos
Gatos tendem a ser mais reservados e demorar mais tempo para se adaptar a novos ambientes. Portanto, se é o caso do seu felino, pode ser que a viagem seja muito estressante para ele. Mas se for um gato bem desinibido, pode ser que ele curta. “Fique sempre atento, gatos podem fugir com mais frequência do que cães, por isso, cuidado redobrado e caixa de transporte durante a viagem”, finaliza o veterinário.
Informações à imprensa:
Fernanda Aparecida Schmeing é criadora e administradora do site Assessoria Animal, presta serviços de assessoria e consultoria em administração de haras, cria cães da raça Border Collie.