Etilenoglicol, substância suspeita por contaminação de petiscos para cães
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Por Emily Baskerville
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Oferecer alimentos de qualidade e seguros para os animais de estimação é um tema constantemente abordado, tendo em vista o carinho e o cuidado dos tutores com seus pets. Muitos buscam informações sobre cada componente. Nesse campo, a recente morte de cães devido a ingestão de petiscos acendeu um alerta. Afinal, o que é etilenoglicol?
Esta substância está sendo investigada sob suspeita de estar relacionada à contaminação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) iniciou recall nacional de todos os lotes de rações e petiscos fabricados pela empresa envolvida.
Um ponto inicial é a confusão entre propilenoglicol e etilenoglicol. Apesar de funcionalidades parecidas, eles apresentam diferenças importantes. Por exemplo: ambos têm ação de modificador de ponto de congelamento, mas a principal diferença é o nível de toxicidade.
O propilenoglicol tem toxicidade muito baixa, razão pela qual pode ser usado em rações, alimentos, cosméticos e produtos de higiene pessoal, enquanto o etilenoglicol é venenoso e sua exposição a humanos e animais deve ser limitada.
O propilenoglicol é um líquido viscoso, límpido e incolor, com leve sabor adocicado. Na indústria alimentícia, é usado como adoçante, já nas formulações farmacêuticas atua como umectante. As agências reguladoras, como EFSA (Europa) e AAFCO (EUA), permitem que ele seja usado na alimentação animal. A FDA (Estados Unidos) também avaliou que o propilenoglicol é geralmente seguro para uso como aditivo alimentar geral, exceto para gatos.
Importante destacar que no caso de felinos, o propilenoglicol pode ser prejudicial à saúde quando fornecido em grandes quantidades por longo período de tempo. Isso é devido às particularidades de sua fisiologia.
Do outro lado, o etilenoglicol é altamente perigoso. Trata-se de um álcool tóxico, que absorve água. Entre suas características, está o fato de ser inodoro e apresentar sabor doce. Mas não pode ser ingerido. Seu uso comum é em anticongelantes ou solventes industriais.
Explicando melhor: quando digerido, o etilenoglicol é oxidado em ácido glicólico, que por sua vez é oxidado em ácido oxálico – altamente tóxico.
Os efeitos sistêmicos incluem acidose metabólica, irritação gastrointestinal, depressão precoce do sistema nervoso central e edema cerebral, progredindo para insuficiência renal aguda irreversível. Nesse terrível caso que segue em investigação, os animais suspeitos de contaminação por etilenoglicol sofreram convulsões e vômitos.
Por isso, é importante que os tutores leiam e entendam o conteúdo dos rótulos e busquem sempre saber o que está por trás da dieta dos seus pets. Por exemplo, o propilenoglicol pode ser usado como umectante para ajudar a controlar o nível de atividade de água e, como resultado, manter a vida útil de alimentos secos, semiúmidos ou úmidos para animais de estimação.
A atividade de água é um indicador de qualidade eficaz na produção de alimentos para animais de estimação para orientar a formulação de dietas.
Na Trouw Nutrition, os aditivos nutricionais são importados e passam por um rigoroso controle de qualidade. A linha de premixes para rações de animais de estimação é fabricada em área exclusiva, na unidade industrial de Arujá (SP). A rastreabilidade é bastante importante nesse mercado. Então, ter linha de produção específica é um diferencial importante, que mostra a responsabilidade da empresa em oferecer qualidade e segurança para o mercado.
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Gilberto Vieira de Sousa é Jornalista (MTB 0079103/SP), Técnico em Sistemas de TV Digital, Fotografo Amador, Radioamador, idealizador e administrador dos sites GibaNet.com e cotajuridica.com.br, Redator no Programa Lira em Pauta, Editor da Revista Konect Brazil e do site Assessoria Animal